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1 de setembro de 2015

Uma Nova Criatura


                Seu nome era Nicodemos. A Bíblia diz que ele era um dos principais dos judeus, uma autoridade entre os religiosos da época (João 3:1-15). No judaísmo, as obras e o comportamento eram considerados como as maiores provas de integridade e proximidade com Deus que um homem poderia ter. Os religiosos eram admirados. Nicodemos era para seu tempo e sociedade um homem admirável. Querido nos meios mais destacados da época, ele tinha tudo aquilo que um judeu poderia sonhar: reconhecimento, aceitação, bens, títulos. Mas havia algo que inquietava Nicodemos. E esse "algo" se chamava Jesus. Um homem simples, nascido em uma família simples, de modos simples e aparência simples. Um homem de mensagem profunda, que atraía multidões com suas palavras. Um homem que realizava grandes sinais, milagres inexplicáveis que nenhum outro homem seria capaz de fazer. Jesus curava enfermos, ressuscitava mortos, alimentava multidões com míseros pães e peixes. Jesus encantava todo aquele que tinha interesse em acompanhar seus feitos. 
Jesus inquietava o coração de Nicodemos. 



Certa noite, Nicodemos tomou uma decisão. Ele resolveu chamar Jesus em sua casa. 
Por que Nicodemos escolheu encontrar Jesus à noite? 
A Bíblia não nos conta isso... Mas, conhecendo a perseguição que havia contra aqueles que caminhavam ao lado de Jesus, eu penso que Nicodemos talvez pudesse ter sentido medo. 
Medo da rejeição do grupo ao qual ele tão orgulhosamente pertencia, os religiosos da época. Medo da perseguição. Medo de que aquele encontro pudesse no mínimo afetar sua imagem frente à sociedade.
Mas ainda assim seu coração não se acalmava e sua mente claramente dizia que Jesus era realmente o Filho de Deus, afinal, ele via seus sinais! Ele reconhecia que em Cristo havia Verdade.
"Rabi!", Nicodemos chamou Jesus de Mestre. 
Nicodemos buscou a Jesus.


Jesus foi ao encontro de  Nicodemos. Jesus nunca recusa uma busca, uma procura... Seja ela de quem for! Bem, mas Jesus nunca lidou com obras ou comportamento, Jesus é aquele que sonda os corações. Jesus então sondou o coração de Nicodemos e lhe disse:
"Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o Reino de Deus."
Nascer de novo... 
Mas Jesus dizia que aquele admirável homem não iria ser salvo se não nascesse de novo? 
Sim. A Religião e seus ritos, as obras e seu comportamento não abrem as portas do Céu. 
Jesus continua sua explicação...
 Não, não se trata de um novo nascimento da carne, mas sim um novo nascimento do Espírito.
Jesus falava do momento decisivo onde um pecador dobra seus joelhos diante do Deus Vivo e o convida a fazer morada em seu coração. Do momento onde nada, nada mais é necessário para você além do relacionamento direto e pessoal com o Senhor Jesus. Daquele momento onde se reconhece que ninguém mais pode interceder por ti diante de Deus Pai, a não ser Jesus. (1 Tim 2:5)
O momento de nascer de novo.



Uma nova criatura. Isso mesmo. 
Não nos tornamos melhores pessoas, nos tornamos uma nova pessoa.
Nova esperança. Nova fé. Novos valores. Novos hábitos.

Assim como as lagartas deixam de ser lagartas para serem coloridas, leves e indescritivelmente lindas... borboletas! 

Nicodemos conheceu Jesus, ele ouviu de seus próprios lábios de que Ele é o filho de Deus, o único caminho para a vida eterna. Não sabemos a decisão final de Nicodemos. Não sabemos se, como uma borboleta, ele entregou sua vida a Cristo e passou a serví-lo de todo o coração, não sabemos se ele resolveu voltar para o seu meio, como uma lagarta que se recusa a entrar no casulo, preferindo acreditar que a religiosidade e suas obras o salvariam. 
Mas algo é certo. Nicodemos teve sua chance. 

A chance de nascer de novo, como uma nova criatura!
A mesma chance que hoje é oferecida a você, 
amada leitora.
Lagarta ou borboleta?

Mais uma vez, eu deixo meu convite a você: 

vem, vamos voar?!!

Com amor e novidade de vida..

Janaina Abrão








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